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La Casa de Papel e por que a gente gosta de anti-heróis?

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Euphoria: Drogas na adolescência, depressão e sexualidade

Reprodução: HBO Provavelmente já fazem uns dois meses que o blog não vê um texto novo. Bom, e assuntos não faltaram nesse meio tempo; são 200 dias de caos na presidência. A terceira temporada de Stranger Things chegou e também teve o documentário Democracia em Vertigem causando muito barulho na twittersfera . Bom mas não é pra isso que esse texto é; como venho de um hiato grande desde o último texto e este, resolvi trazer um assunto do qual nunca tive oportunidade de escrever e que é combustível para muitos e muitos conteúdos que vemos nas timelines - sejam eles bons ou não. É quase certo que você que está lendo esse texto conhece alguém que usa (ou já usou) drogas, que sofra de depressão e/ou ansiedade, alguém que não se relaciona bem na escola, que não é popular o suficiente. Conhece? Se sim, você julga essa pessoa pelo que ela transparece; e se julga, qual o seu parâmetro de comparação? Difícil responder isso mas acredito que todos nós vez ou outra na vida se deparou com i

Um texto sobre roupas.

É difícil afirmar com exatidão quando as vestimentas deixaram de ser apenas "ferramentas" para se tornar manifestações de identidade e de arte. Mas o que se pode ver hoje é que as roupas e o conceito abstrato do que é moda  é parte importante na construção de uma imagem dentro de um coletivo - enquanto uma identidade pessoal ou como manifestação de dogmas e emoções; levando mais a fundo as vestimentas de um individuo também funciona como um "mecanismo de julgamento" em muitos casos. Já foi discutido por aqui em um texto antigo sobre como existe uma, [quase que] urgência em rotular, em colocar em grupos específicos e restritos a características superficiais e muitas vezes misóginas/preconceituosas. Bom, já não é novidade pra ninguém que uma mulher sair na rua de short é um chamado aos mais variados julgamentos, quando se leva isso para outros movimentos e contextos sociais diferentes tais julgamentos tomam forma de ações preconceituosas que propagam uma cultura de s

Insecure; [homem] falar de mansplaining é mansplaining ? e Lugar de Fala: parte #01

Escrito em 28 de setembro de 2018 Se este texto vai ser mais um exemplo de  mansplaining eu não sei  - e nem quero que seja; embora o título de a entender tal coisa. Já me compliquei na primeira linha, e agora? Devo explicar o que é  mansplaining ou este ato de explicar seria já um  mansplaining ; o paradoxo é quase que impossível de fugir ... mas o homem não pode aprender com a mulher? [e este mesmo, quando se recusa a se abrir e entender o mundo para além de seu p*nto, é realmente um escroto ou apenas uma pessoa afogada em insegurança ? [ESTE TEXTO NÃO TEM SPOILERS DA SÉRIE] Reprodução: HBO Agora que a deixa para falar sobre Insecure  já tá aí, vamos primeiro contextualizar onde essa série existe: É uma produção original da HBO, criada, produzida e estrelada por Issa Rae. A série é uma comédia de erros que lembra muito outras produções do canal como Girls  e Sexy in the City  - tanto pelo elenco feminino, quanto pelos problemas que as amigas da série passam (relacioname

Brasil: o abismo racial nos olhos da literatura

[ATUALIZADO 31/08/2018] Na última quinta (30) a Academia Brasileira de Letras elegeu o escritor Cacá Diegues para ocupar a cadeira número 7. Dentre os concorrentes, a vencedora do Jabuti Conceição Evaristo (a única escritora negra entre os indicados a cadeira) - leia mais . A escolha foi vista por muitos como mais um reflexo de mecanismos que propagam o racismo. Dentre as opiniões, a Mestre em Filosofia Política e colunista da revista Elle Brasil Djamila Ribeiro postou em seu Facebook:

Eu não vou falar mais do Bolsonaro!

Reprodução: TV Cultura Este texto já se difere dos outros que eu fiz, inicialmente pelo título - mas por favor fique até o final, não deixe esse nome espantar você!  Bom já fazem algumas semanas que meu PC estragou e está arrumado novamente. Nesse meio tempo rolou a Copa do Mundo - as polêmicas raciais envolvendo youtubers , a polêmica da seleção da França e a piada do Trevor Noah , episódios horríveis de misoginia com brasileiros na Rússia e muitos outros. Na verdade eu não queria escrever sobre nenhum destes temas, diga-se de passagem; ainda busco sobre o que falar do álbum Everything is Love e de APESHIT , porém nesse meio tempo encontrei algo para escrever e acabar com o hiato criativo que eu me encontrava. Mas entrando no tema que o título propõe; eu não vou mais falar do candidato a presidência Jair Bolsonaro. Eu já não quero mais falar sobre ele, já não quero mais ver nada sobre ele e nem viver num país que ele é o presidente. Eu não quero mais dizer que esse ca

O Preto no Topo, representatividade e o Pantera Negra.

Chegou hoje (15) nos cinemas nacionais Pantera Negra , o mais novo filme do universo cinematográfico da Marvel. E logo de antemão já aviso: É um p*ta filme! Ainda é meio cedo pra dizer que é o melhor filme da casa das ideias, mas de longe este é uma das melhores produções dos últimos anos; com uma história muito bem desenvolvida, personagens carismáticos e um herói que é O CARA. Desde o anuncio do filme e quando começou a campanha de marketing, a expectativa era muito grande; já que Ryan Coogler (diretor de Creed ) foi confirmado como diretor do longa. Esse seria o primeiro grande herói a ganhar um longa - até então outros personagens como o Blade ou até Hancook já tinham seus filmes, mas nenhum desses tem a importância do Pantera Negra. E em tela vemos toda essa importância do herói, tanto como um personagem importante para essa grande saga da Marvel (que vai culminar em Vingadores: Guerra Infinita ), tanto como um personagem que pode falar com a sociedade, e que assim como a